Charge é um estilo de ilustração que
tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento
atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e
significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo
para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em críticas políticas no
Brasil.
As charges foram criadas no princípio do século XIX
(dezenove), por pessoas opostas a governos ou críticos políticos que queriam se
expressar de forma jamais apresentada, inusitada. Foram reprimidos por governos
(principalmente impérios), porém ganharam grande popularidade com a população,
fato que acarretou sua existência até os tempos de hoje.
Apesar de ser confundido com cartoon (ou cartum), que é uma palavra
de origem inglesa, é considerado como algo totalmente diferente, pois ao
contrário da charge, que sempre é uma crítica contundente, o cartoon retrata
situações mais corriqueiras do dia-a-dia da sociedade. Mais do que um simples
desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor
e da sátira.
Para entender uma charge, não é preciso ser necessariamente
uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor.
Já para interpretar
charges - ou qualquer outra forma de expressão visual – exige procedimentos
lógicos, atenção aos detalhes e uma preocupação rigorosa em associar imagens
aos fatos.
O termo charge vem do francês charger que
significa carga, exagero ou, até mesmo ataque violento (carga de cavalaria). Enfim,
charge é um desenho ou uma pequena história em quadrinhos que possui um caráter
humorístico e crítico. Destacam-se pela criatividade e abordagem de temas da
atualidade.
Das características essenciais do gênero “charge” é a
articulação que existe entre diferentes linguagens, especialmente a verbal e a
visual. Ao optar por analisar textos humorísticos da mídia escrita (jornais,
revistas, etc.), ao mesmo tempo em que fazemos um recorte para um estudo mais
detalhado, Das optamos
também por analisar os textos imagéticos, ou seja, aqueles que valorizam mais a
imagem. Os personagens geralmente são desenhados seguindo o estilo de
caricaturas.
É no período do Império que as charges chegam ao Brasil.
Ocorrem as primeiras publicações em 1837 e as mesmas adquirem força em 1840 na
capital do Império, a cidade do Rio de Janeiro. Em 1868 o imigrante italiano
Ângelo Agostini cria a que seria considerada a primeira história em quadrinhos
do país: As Aventuras de Nhô Quim ou impressões de uma Viagem a Corte que foi
publicada nas revistas Vida Fluminense, O Malho e Dom Quixote. Agostini
caracteriza os personagens como caipiras que chegaram à cidade vivendo em um mundo
que vive à margem da configuração da Corte, hegemônica no período.
Em 2005, Maurício Ricardo cria charges exclusivas para o reality show Big Brother Brasil e, no mesmo ano, cria a abertura do seriado Sob Nova Direção, junto com Fernando Duarte. As charges sobre o escândalo do mensalão levam o Charges.com. br a receber uma matéria na revista Veja e a uma entrevista com o cartunista no Programa do Jô.
Em 2008, o programa Mais Você, comandado por Ana Maria Braga, inaugura um quadro com charges criadas através de cartas dos telespectadores narrando fatos engraçados do cotidiano.
Os
principais chargistas brasileiros são:
*Glauco Villas Boas, cartunista da Folha de São Paulo, nascido
na cidade de Jandaia do Sul, estado do Paraná, faleceu aos 53 anos, no dia 12
de março de 2010, assassinado junto com o filho numa tentativa de assalto em
sua casa, local que também funcionava como comunidade religiosa, na cidade de
Osasco. Desenhista de grande talento iniciou seu trabalho autoral no início da
década de 70.