Inimigos
das Histórias em Quadrinhos no Brasil
Os
primeiros inimigos dos quadrinhos no Brasil foram os padres. Classificavam os
quadrinhos como “imorais” e “desnacionalizantes”.
Gilberto
Freyre foi um dos maiores defensores dos quadrinhos no Brasil, que classificava
como sendo uma “ponte para a literatura”.
Características das Histórias em
Quadrinhos
Uma HQ
tem características próprias que ajudam a diferenciá-las de ilustrações comuns.
Essas características podem ser identificadas facilmente.
Uma HQ
precisa/pode ter:
*Contar
uma história
*Desenhos
contidos ou não em quadrinhos
*Textos
em balões
*Onomatopéias
*Elementos gráficos que denotam movimento, emoções, entre outros.
Mangá, uma outra história...
Mangá é o
nome dado as histórias em quadrinhos japonesas. Assim como em outras partes do
mundo, os exemplos de narrativa visual remontam a séculos, mas o mangá moderno
nasceu no pós II Guerra com Osamu Tezuka.
Osamu
Tezuka introduziu a narrativa cinematográfica, os grandes olhos inspirados no
material Disney, e a serialização, rompendo com as histórias episódicas.
Vários
mangas de Tezuka foram lançados no Brasil, inclusive o mangá histórico Adolf e
a biografia de Buda.
Em 1946,
foi criado um dos mais duradouros sucessos dos mangás, Sazae-san de Machiko
Hasegawa. A série foi encerrada em 1974.
Saze-san
começou como adolescente no Japão ocupado pelos americanos casou teve filhos.
Sua família era imagem modelar da classe média.
A
perseguição ocorrida no Ocidente não atingiu os mangás. E as abordagens
temáticas se tornaram cada vez mais diversificadas.
Nos
mangás todos os temas são possíveis, mesmo em quadrinhos para público infantil.
E há uma forte presença das mulheres como produtoras e consumidoras de
quadrinhos.
Há
quadrinhos mangás para todos: homens e mulheres adultas, meninos e meninas,
crianças, etc.
Recentemente,
os mangás se tornaram febre no Ocidente e podem ser encontrados em todas as
bancas do Brasil. Alguns dos mangás publicados no Brasil têm conteúdo histórico
e ajudam a aumentar o interesse dos alunos e alunos pelos conteúdos da
disciplina.
A ordem de
leitura de um mangá japonês é a inversa da ocidental, ou seja, inicia-se da
capa do livro com a brochura à sua direita (correspondendo a contracapa
ocidental), sendo a leitura das páginas feita da direita para a esquerda.
Alguns mangás publicados fora do Japão possuem a configuração habitual do
Ocidente. Uma crítica comum aos mangás feita por ocidentais é a de que são
excessivamente violentos e pornográficos ou eróticos.
Angelo Agostini é considerado o pioneiro das HQs
brasileiras.
*Angelo
Agostini (Vercelli, 1843 — Rio
de Janeiro,
28
de janeiro
de 1910) foi um desenhista italiano que firmou carreira no Brasil. Um dos primeiros cartunistas brasileiros,
foi o mais importante artista gráfico do Segundo Reinado. Sua carreira teve início
quando estouravam os primeiros combates da Guerra
do Paraguai
(1864) e prolongou-se por mais de quarenta anos. Em seus últimos trabalhos,
testemunhou a queda do Império e a consolidação da República oligárquica.
Mulheres Quadrinistas
No mesmo ano de Yellow Kid, precedendo-o por alguns
meses a jovem Rose O’Neill (1874-1944) produziu seu primeiro quadrinho.
Outras artistas a seguiram, produzindo HQs de todos
os tipos, mas o mercado de quadrinhos femininos nos EUA morreu nos anos 50. As
mulheres quadrinistas sumiram também.